Conectividade e inclusão digital estão no caminho das cidades inteligentes

A conectividade é um dos pilares que sustentam as cidades inteligentes. Embora o conceito de smart city seja muito mais amplo do que apenas o aspecto digital, esse é um requisito essencial para que as aplicações inteligentes funcionem adequadamente.

A conectividade é essencial para o uso eficiente de recursos, tais como a instalação de sistemas de transporte sustentáveis, o controle de tráfego nas cidades, o monitoramento com foco em segurança pública, o agendamento de consultas em postos de saúde, as aulas online nas escolas ou até mesmo a gestão de resíduos. Não é possível pensar em uma cidade inovadora e inteligente sem internet. 

Nesse sentido, novos investimentos são feitos para aprimorar as tecnologias necessárias para fornecer redes com banda e velocidade suficientes para assegurar a conectividade nas cidades inteligentes. Ferramentas premium wi-fi, por exemplo, estão na lista das prioridades das cidades que carregam o título de smart city. A conectividade e a inclusão digital caminham lado a lado. 

Inclusão digital nas smart cities

Para Severino Sanches, CEO da Agora Tecnologia, alguns desafios envolvem a inclusão digital, e o principal deles é proporcionar aos cidadãos acesso aos dispositivos, aplicativos e serviços disponíveis em uma cidade inteligente. “A conectividade é um catalisador para a participação na economia digital, acesso à informação e interação com a sociedade”, apontou.

Em 2023, cerca de 84% dos brasileiros tiveram acesso à internet, segundo uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Contudo, 29 milhões de pessoas ainda não têm esse acesso. A lacuna está justamente nas regiões mais distantes dos grandes centros ou em zonas rurais.

Segundo Sanches, uma das soluções para expandir a rede de cobertura é a conexão por rádio, além da instalação e manutenção de torres, e o uso de energia solar para manter os sistemas em operação. “Embora a fibra óptica seja eficaz, demanda um investimento considerável na construção ou aluguel de infraestrutura de postes, sendo uma alternativa viável somente em regiões específicas”, justificou o CEO.

Para ele, o caminho para as cidades inteligentes está na inclusão digital e na conectividade, o que requer novas políticas públicas abrangentes, que permitam o acesso das pessoas, independentemente da região onde vivem. 

“O Brasil precisa de uma abordagem proativa para implementar tecnologias acessíveis, transformando espaços públicos em áreas conectadas para cidadãos e administrações. Somente assim conseguiremos construir não apenas cidades inteligentes, mas, também, sociedades inclusivas, nas quais a tecnologia é um meio de aproximar, em vez de afastar. A conectividade é a chave para um futuro mais justo e conectado”, finalizou. 

Para falarmos sobre conectividade avançada trouxemos o artigo do blog Próximo Nível da Embratel.

Vamos saber mais sobre os componentes mais recentes da conectividade avançada

5G

Oferece mais velocidade, menos latência e, o mais importante, a capacidade de conectar números maciços de sensores e dispositivos inteligentes dentro de uma rede. Como? Acabando com as barreiras tecnológicas. Com 5G, muitos protocolos de rede podem coexistir para atender a requisitos específicos de dispositivos e aplicativos. O 5G atua como uma tecnologia unificadora, reunindo todas as funcionalidades de rede necessárias para gerenciar o fluxo de informações e a densidade em grande escala.

Redes definidas por software

SDN é uma camada de software sobre uma rede física composta por aplicações de rede, como ‘switches’ e roteadores. Normalmente, seu uso se restringe ao data center, mas a tecnologia está agora sendo estendida para a rede de área ampla (SD-WAN) para conectar data centers ou outras aplicações em múltiplos locais.

Virtualização da função de rede

A NFV substituiu as funções de rede como roteamento, comutação, encriptação, uso de firewall, aceleração de WAN e balanceamento de carga fornecida por aplicações de redes físicas dedicadas com software virtualizado.

Rede como Serviço (Network as a Service – NaaS)

Trata-se de um modelo de negócios para prestação de serviços de rede de área ampla virtualmente através de assinatura. A funcionalidade da infraestrutura pode ser incluída em uma única taxa fixa de NaaS, ou a empresa pode fazer a assinatura de cada serviço individualmente.

Largura de banda sob demanda

Trata-se de um serviço que aloca recursos da rede de acordo com as necessidades de dispositivos específicos nessa rede. Aloca-se mais largura de banda aos nós que tenham picos de demanda e, à medida que a demanda diminui, a largura de banda é reduzida.

À medida que recursos como 5G, SDN e NFV avançam, a computação e o armazenamento também avançam, o que afeta significativamente a infraestrutura de computação empresarial e a arquitetura de dados. Quando você desenvolver estratégias para conectividade e nuvem, os dois devem estar alinhados com as metas estratégicas estabelecidas na sua agenda de transformação digital. Essa transformação vai ser cada vez mais rápida em todos os setores, pois o número total de dispositivos nas redes vai crescer exponencialmente.

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